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Como tudo começou...


O projeto Purpurinar começou em 2009 quando a jornalista e escritora Adriana Ribeiro gravou o audiolivro de seu segundo livro Movimento Íntimo, com o objetivo de divulgar a poesia de forma voluntária para deficientes visuais. O Projeto Purpurinar também buscou facilitar a vida de quem quer ajudar mas não dispõe de um tempo fixo por semana e de quem gostaria de divulgar o próprio trabalho.
 





"Após a publicação do meu segundo livro, eu senti que estava faltando algo, que não bastaria mais escrever, publicar e ver o livro na estante. Eu senti que o meu trabalho precisaria alcançar quem não tem acesso fácil à literatura. Por outro lado, eu sempre busquei motivar quem escreve pois muitos me dizem que escrevem mas que “guardam os poemas na gaveta”. Sem dispor de muito tempo livre, eu tive a idéia de criar cd’s com as minhas poesias para distribuir gratuitamente aos deficientes visuais. Sentei em frente ao meu computador, baixei um programa de gravação de voz e, de meia-noite às seis da manhã eu produzi, artesanalmente, meu primeiro audiolivro. Depois, com a ajuda de uma colega de trabalho, reproduzi trinta cd’s desta matriz, que foram doados ao grupo de apoio aos deficientes visuais da Comunhão Espírita de Brasília, que a amiga Simone Vieira participa como voluntária. A distribuição dos cd’s foi acompanhada por uma palestra sobre a importância da poesia para o autoconhecimento. Posteriormente, a gráfica Colorpress de Brasília, sob a direção de Alessandro Moreno, imprimiu a capa do cd, e outros dois profissionais ajudaram em uma nova gravação dos áudios: os músicos Wladimir Barros e Daniel Sarkis.

Depois do cd, a ideia do site foi automática, pois o acesso na rede é muito maior, não depende de uma mídia física. Também imaginei que outras pessoas poderiam se sentir motivadas a seguir meus passos: ajudar sem sair de casa.

Assim, com o projeto, eu consegui tirar a poesia do papel, a levar para quem não pode ler, ajudar quem gostaria de ter seus próprios poemas divulgados e facilitar o processo para quem quer ser voluntário.

Em 2013, foi lançado meu terceiro título: Vitrais, Por onde a Vida entra sem dor, que contou com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do GDF e foi impresso em braille como parte do projeto. Vale destacar que a venda de todos os exemplares do terceiro livro (Vitrais) é destinada para a compra de duas máquinas em Braille, uma para a Escola de Música de Brasília (Núcleo de Inclusão Especial: Professor Celso e outra para o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (Coordenador: Cássio). Em 2014, o livro deu origem ao audiolivro de mesmo nome.

Do primeiro cd, já foram distribuídos gratuitamente cerca de 300 exemplares. Na outra ponta, eu faço um trabalho de divulgação do site www.purpurinar.com.br nas principais instituições de deficientes visuais do Brasil (cerca de 50) através de emails e do envio da mídia impressa, os cd’s. Ah, eu já mencionei que nesse processo, eu aprendi braille na Escola de Música de Brasília, com o professor Celso para entender melhor o contexto do deficiente visual?

O nome do projeto. O projeto tem esse nome pois acredito que somos todos poeira no ar mas com o voluntariado viramos purpurina, nos iluminamos ajudando. Tem outra imagem que eu gosto de ter em mente é que somos vaga-lumes e, juntos, podemos criar grandes clarões na noite da floresta em que todos nos encontramos, chamada condição humana. A vida é um espelho em que você se vê e o outro brilha.

Quem somos. Contando com os voluntários desde o início, nós somos:
Produção física do primeiro audiolivro e gravação dos cd’s:
Alessandro Moreno (gráfica: Colorpress), Daniel Sarkis (estúdio: Mandrágora), Wladimir Barros (Estúdio Virtual) e Dgrau Multimídia (reprodução), Daniela Rodrigues, Marcelo Upelano e Adriana Ribeiro
Impressão em braille da capa do CD:
Professores do Núcleo de Inclusão Especial da Escola de Música de Brasília. Responsável: professor Celso celvares@yahoo.com.br
Pesquisa e informação sobre as entidades de deficientes visuais: 
Elianildo Nascimento e Suely Freire
Apoio:
Marcelo Upelano 
Coordenação:
Adriana Ribeiro





Adriana Ribeiro (à esquerda) no lançamento do livro Vitrais, por onde a Vida entra sem dor, na Livraria Cultura, junto ao Marcos da Flauta, ao professor Celso da Escola de Música de Brasília (à direita) e esposa.

Sobre a autora. Adriana Ribeiro é paulistana barriga-verde candanga, jornalista, artista plástica, compositora, terapeuta do Ser pela Escola da Dinâmica Energética do Psiquismo. Escreve poesia desde os nove anos de idade, buscando a investigação de si e do mundo que a rodeia, na observação das experiências e respectivas motivações. Em 1996, publica Expia-me, pois meu único perdão é a poesia, considerado record de venda na noite de autógrafos no restaurante Carpe Diem. O segundo título, Movimento Íntimo (2005), dá origem ao audiolivro de mesmo título, que marca o nascimento do projeto voluntário Purpurinar. Em 2013, publica Vitrais, por onde a Vida entra sem dor, em tinta e braile, e produz o audiolivro de mesmo nome que conta com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Governo do Distrito Federal.